Maturidade
A leveza do tempo é um abraço
acolhedor nas andanças continuas do trilhar deste caminho diário de descobertas. Sem notar, a cadência das estações dá um brilho ao ano e as emoções
naturais que nós seres humanos, a tanto tentamos entender. Toda a sazonalidade
é preparada para que desde a geada até a desabrochada a vida continue em seu
esplendor.
É uma sequência lógica no
cotidiano, os encontros que são promovidos com o passar dos dias, perfazendo
então uma linha atemporal da existência, que ressignifica a cada experiencia e
promove uma aproximação das nossas duvidas infantis com o sossego da velhice,
daquele sorriso que já viveu a tempestade e sabe que é nela que se faz um bom
marinheiro.
A maturidade é um estado de
espirito, são os encontros que na sutileza do despertar, onde podemos fazer e
perdoar aqueles percursos imaturos nessa jornada confusa que chamamos de vida.
É necessário presenciar a deficiência, que nos impossibilita de seguir a diante
e refletir a respeito do que é preciso para que se prossiga, mesmo desmunido
das ferramentas essenciais para as adversidades do desconhecido.
Reconhecer as debilidades e
aceitar o processo de aprimoramento da técnica para Ascenção da jornada é algo
que nos torna maduros, porém é um processo de continuidade, que nos remete a
cada nova descoberta uma análise da capacidade momentânea de experienciar a
possibilidade de frustração do percurso.
As variáveis do caminho não nos
pertencem, para que assim possamos a cada nova tentativa obter um aprendizado,
daquilo que a vida nos coloca incisivamente na balança de juízos, com o quantum
do saber de que nessa atribuição somos possíveis de continuar a desflorar a
mata densa. Caso nos percamos, existe a possibilidade de tentar novamente, com
a aquisição de mais um dia dentro desse vasto repertorio de atribuições que a
vida nos presenteia.
Por continuidade tornar-se maduro
é fazer as pazes com o tempo, não o tempo que anseia algo que muito se deseja,
nem a ruminação daquilo que se passou, é a continuidade do viver nesse tempo
que até o nome nos presenteou. É estar insistentemente desperto para aquilo que
vivencia, para assim em sua bagagem poder contemplar de uma forma simples, os
elementos necessários para que não venha novamente depender de auxílio para uma
situação evidente que antes por pouco se arruinou.
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