Memórias


Atemporalidade nos acomete num continuar a pensar nas coisas já vividas e nas quais gostaríamos de viver. Isso nos torna reféns de nossas próprias subjetividades, tranposicionando, direcionando, recolocando e por finalidade projetando ilusões naquela vida que nos acomete externamente.
Se fosse apenas um contrato exclusivo com o mundo exterior de nada valeria, o que de fato é necessário compreendermos, é que o mundo subjetivo como nos almejamos é um prazer sem fim, ademais é incluído como uma forma fluente de escolhas então tidas como decisórias.
Passado tais perspectivas de cunho elucidativo, podemos nos aventurar a imaginar que estamos rodeados e cercados reféns de nossa própria prisão.
Nós somos os repensáveis por escolhas que nos atingem, externamente de cunho primário individual. O que de uma certa maneira, pode ser admitido como um caráter inteligível de cunho inconsciente, porque aquilo que me direciona, nada mais é algo de que já foi pensando, imaginado ou criado em nossas entranhas.
Vale a analogia de uma comida que nós gostamos e saboreamos é imaginada e o porque o quanto disso deverá ser interveniente dentro de nosso metabolismo, pois acreditamos e pedimos por algo que nos falta.
Ademais o que fazemos em termos de ação é algo que não basta, é algo totalmente e exclusivamente refém de nossas memórias que introjetamos afeto.
Por que?
Porque somos sujeitos fadados a composição de variáveis inexoráveis para a constante criação de novas perspectivas de obtenção de prazer, este que de alguma forma, qual seja ela, recai na tentativa de um alivio da incongruência de um novo dia.
Pois a rotina e a rigidez de nossos antigos pensares é relativa somente a um estado de vigília, imaginação de uma proteção, um tanto quanto mística de que teremos segurança dentro desses novos dias cotidianos que somos sujeitos.
Assumo que cada amanhecer, somos novos sujeitos e com isso não sabemos utilizar nossas novas habilidades, utilizando de referenciais antigos para que possamos solucionar nosso velho companheiro que é o medo de não conseguirmos manter o controle da manutenção de nossa sobrevivência.
Isso recai na insatisfação, e como consequência ativamos os comportamentos antigos, de forma automática para que desta forma tenhamos uma maneira quase que adequeada de viver.
Quanto as memórias; são elas nosso cárcere privado, sejam elas antigas ou novas.

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