Discernimento?



O que os maniqueístas queriam dizer em suas afirmações de dualidade, com caráter de claro ou escuro, um contraste real ou uma parcela perecível de nossas subjetividades? Escolhas nos permeiam por todo instante. Como transferimos nossa energia necessária a despender a qualidade que requer o escolher?
Estimular o ato de escolher é como predizer o futuro e estar ciente da tomada consciente da decisão correta. O pensar correto é distinguir uma ação impulsiva movida pelo desejo hedonista singular em prol da força solidaria? Existe um fluxo capaz de manter esse equilíbrio em zelo ou podemos ser tomados por esse movimento do prazer?
A capacidade gerida através do treinamento da maturidade perfaz ao homem motivos necessários para que ele pense adiante, ou deixa que iludido percorra atrás da satisfação momentânea? É notório que o homem que lapida suas virtudes consegue distinguir esse fluxo imperativo e transfere essa energia em um bem produtivo não só para si, mas para seu semelhante. 
Essa batalha travada dentro do que é invisível aos olhos dos outros é o real motivo que leva o homem a continuar na jornada em prol da humanidade, caso contrário dissuadido pelos impulsos primevos retraísse na corrida pela imortalidade em busca daquela primeira satisfação de nutrição jamais esquecida em sua memória indefesa.
Seria um potencial de atribuir estados temporais e condições daquilo que anteriormente dividiam em uma dualidade? Discernir é consequência de atribuir juízos futuros interdependentes baseados em parcimônia e empatia? Pois almejar muito em consequência atravessa o círculo que entrelaça um ser ao outro.
A relação lógica do que leva um sujeito a atribuir questões futuras a ele, acabam porventura a tornar-se o pensar correto e quem sabe assim ao presente de certo, talvez assim gere um lapso de lucidez do que é real dentro das condições humanas.

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