Panorama


O descobrir aquilo que não se é conhecido, pode ser sentido como a coisa mais assustadora que podemos presenciar. Enquanto alguns correm em direção a novidade exterior, o mergulho introspectivo nos assombra como o escuro, que na mais singela infância nos acomete a perturbar.
A perturbação parte de um movimento confuso entre permanecer no cotidiano, ou transpassar para um rito eminente em direção a uma ampliação da nossa singela visão fragmentada que temos da natureza.
Tal rito gera uma energia e uma direção, que igualmente em sentido contrário, alimenta nossa capacidade de percepção daquilo que nos foi apropriado. Podemos assim usufruir de uma forma coesa com o amadurecimento, mas também transgredir com a nova assimilação do que ampliamos em nossa narrativa.
A narrativa por vezes nos engana e concluímos que aquilo que sabemos é o mundo que existe e não o recorte o qual conseguimos perceber com nossas limitações. Mas o mergulho interior, faz com que busquemos valores análogos que em nossa existência encontremos a essência de nossas semelhanças, com todas as formas vitais que se encontram nesse planeta.
Sermos vivos nos acomete uma função dentro desse ecossistema. Pressupondo que temos características nutritivas e predatórias, onde devemos equilibrar nossa energia em um caráter de reciprocidade quanto ser.

Não se é independente, deve-se admitir a dependência que temos de outras narrativas em fragmentos para somarmos em nossa percepção daquilo que mais se aproxima do que é.

Comentários

Postagens mais visitadas